Miragem
Ao longe vês o que tua alma sonhou...
Caminhando no labirinto da razão,
Voltas à Terra onde um poeta te contou,
"nada do que sonhas é em vão"
Nem tudo começa aqui e nem tudo acaba aqui
Miragem
Ao longe vês o que tua alma sonhou...
Caminhando no labirinto da razão,
Voltas à Terra onde um poeta te contou,
"nada do que sonhas é em vão"
"Houve um Tempo em que dei o melhor de mim,
Mas ninguém me olhou,
Ergui-me só e a sorrir,
E eu só pedia um momento no Tempo,
Para me olharem nos olhos,
Mas nada disso aconteceu...
De peito rasgado entendi... que só eu me poderia salvar,
As respostas estavam comigo o Tempo todo,
O momento que pedi ao Tempo,
Foi-me dado,
A partir desse momento de eternidade no Tempo,
Renasci e fui em frente...
Um pedaço de Tempo era meu eternamente...
"Sim... porque eu ainda sonho como no Tempo de criança,
E... num desses sonhos... vinhas na forma de um pássaro rasgando os céus,
Transcendendo tudo isso, sou eu quem voa além, consciente de um Tempo de sonho,
Que já mais se repete, mas que habita a eternidade,
Como tu avô... meu poeta anónimo. "
Estou preso às palavras que me guardam a memória de um Tempo longínquo
Que do Tempo sei pouco, só sei o que o Tempo me deixou e a isso se chama Saudade
No caminhar do Caminho, um dia, descobriste que tudo pode acontecer
E nas batidas do teu coração, sentiste o Tempo marcado pelos mistérios da Vida
Não desistas, escutaste tu na voz do silêncio da tarde
E num canto do Universo, a tua alma toca a Luz do Princípio de Tudo...
" No labirinto que se torna a nossa vida,
Só um propósito nos salvará,
Como um destino que ao longe se vê,
Embarco na despedida...
E... que saudade me dá... ! "
" Um dia li um poema onde dizia que passamos pelas coisas sem as ver...
Numa frase simples, um poeta, diz tudo o que o Mundo é,
Talvez o segredo seja ser o som de cada palavra, de cada murmúrio,
Onde o mar, esse grande guardião de promessas e confissões,
Te convida a caminhar apagando as tuas pegadas na areia,
Porque o Caminho se faz em frente à Luz,
Segue a Luz... e saúda o silêncio que te ilumina,
Um dia voltarei a ver-me junto ao mar, contigo...
Talvez, quem sabe, na cidade branca... "