Nem tudo começa aqui e nem tudo acaba aqui
Uma viagem conduzida por:
domingo, dezembro 31, 2006
Onde O Mar E A Terra Se Encontram
Marco encontro contigo naquele lugar onde o mar e a terra se encontram... onde os nossos sonhos se tocaram, onde tu e eu nos olhámos e, olhos nos olhos, dissémos a palavra que nos uniria para sempre...
A gaivota que vejo hoje escreve a nossa estória.
Habitei os teus olhos, pensei que lá viveria eternamente...
Mas que posso eu dizer hoje?
Olho o horizonte que um dia habitei contigo, e, é lá ao longe que te quero encontrar um dia...
Somos espectadores de um tempo... de um sonho...
Já não quero falar disso, nada mais há a dizer...
Apenas preciso ver-te.
O voo daquela gaivota escreve a minha mensagem... e eu sei que a sabes ler.
Espero por ti... tu sabes...
Viagem ao centro do Eu
Eu escolhi partir.
Decidi partir em direcção ao Eu.
Se nunca me encontrei aqui e agora com certeza que este não é o meu lugar.
Se quisesse partir para o centro do mundo necessitaria dum veículo com uma broca bem maior do que aquelas que escavam os tuneis do metro, mas para partir em direcção Eu que meio de transporte tomar?
De carro não. Estou farto de andar de carro de um lado para o outro e não é por isso que sei quem sou.
Talvez um avião... não perdi a conta às vezes que me disseram que eu era um cabeça no ar? Mas um avião é difícil de pilotar... não tenho tenho tempo de aprender a voar. Não há tempo a perder. Quero encontrar-me e já!
Bicicleta era uma ideia... Quem aprende a andar de bicicleta nunca mais esquece. Mas cansei-me a andar em duas rodas na adolescência e foi sem dúvida a altura em que menos soube sobre mim próprio... De bicleta também não vou.
Talvez haja um combóio para o Eu... Mas se não conheço o meu destino o que dizer depois ao revisor quando vier cobrar o bilhete? "Quero ir à minha procura." Ele cobra-me a taxa máxima e quando me encontrar não vou ter um tostão para pagar um copo a mim próprio, o que será extremamente embaraçoso... Pois, de combóio também não!
Talvez pudesse ir a pé... mas isso parece-me muito cansativo e provavelmente nunca mais lá chegava.
Podia tentar aprender andar a cavalo ou pedir um burro emprestado... Só que depois tinha de voltar para o devolver. Era uma grande chatice chegar ao Eu e ter de voltar logo a correr... Não, também não vou nem de cavalo nem de burro!
Só se for de barco... Podia partir num veleiro de vela fluorescente com a estrela polar como guia... O vento parece-me mais fiável do que a tripulação fantasma dos meus medos... Talvez embarque já naquele que se afasta rumo ao mar negro das minhas esperanças e expectativas. Baptizá-lo-ei com o meu nome e ficarei a vê-lo afastar-se por entre a vertigem da ondulação...
Parece-me a escolha mais acertada!
E a viajar daqui, de onde me aceno e sorrio com votos de boa viagem, nem sequer chegarei a enjoar!
sexta-feira, dezembro 29, 2006
Afirmação de solidão
Eu disse "Nem mesmo o frio da madrugada consegue ser mais gelado do que um fio telefónico."
Tu disseste "Os telemóveis não têm fios."
Retorqui "Na realidade nada nos liga... nada a não ser o mesmo desejo de escapar à solidão."
E tu carregaste no botão Off depois duma pausa em que eu gostaria de carregar no botão Pause do comando de televisão no dia em que transmita a curta metragem adaptada da história real de duas pessoas que nunca mais tornarão a encontrar-se.
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Por detrás de nós mesmos
Há muitas discussões sobre as razões da aparente sinceridade com que falamos a desconhecidos. No entanto esses desconhecidos têm de possuir determinadas características. É-nos mais fácil falar sobre nós mesmos, sobre os familiares mais próximos, da pessoa que amamos ou amámos a alguém que nunca vimos. Melhor ainda se esse desconhecido for simplesmente um nick, alguém que seja aparentemente "não real", que não possua olhar, que não tenha boca mas que... tecle...
Do que receamos afinal? De nós mesmos?
Será que simplesmente somos nós próprios que nos impedimos de fazer o que nós próprios realmente desejamos fazer?
Do que realmente temos medo? Porque fugimos e nos refugiamos nós por detrás de nós mesmos?
Uma coisa é certa.... receamos algo...
Somos como anjos aprisionados... deram-nos asas mas não sabemos o que fazer com elas...
O que acontece a uma ave que pode voar e não voa? Há só uma resposta.... morre!
terça-feira, dezembro 26, 2006
Guia
sábado, dezembro 23, 2006
Time is running out
Esta noite sonhei-me visitante numa casa desconhecida. Subia uma escadaria de madeira, quando, inesperadamente, vislumbrei uma foto pendurada na parede ao fim do último lance de degraus. Tratava-se do retrato dum pacifico fim de tarde, pouco depois do sol se ter despedido deste lado do mundo. A beleza do local assombrou-me. Fiquei preso àquele momento escondido algures no meio da casa misteriosa que era a minha mente. Logo percebi que em breves instantes aquelas últimas résteas de luz se apagariam como a iluminação pública no final do natal... Não me conformei com a fatalidade de ver um tão belo cenário prematuramente entregue à escuridão da noite. Corri até ao patamar, engolindo os últimos degraus com a impaciência das minhas pernas e, apoiando as mãos no beiral, mergulhei de cabeça na fotografia. Estiquei o pescoço para além do horizonte e em breve via já um pouco da rodela de luz celeste tentando escapulir-se para o outro lado do mundo. Projectei todo o corpo para a frente num impulso temerário e logo experimentei a insólita visão dum por do sol ao contrário. Deixei um sorriso desenhar-se-me no rosto à medida que o sol era ecuperado pela paisagem... até sentir no rosto o calor dourado do ocaso renovado.
E deste modo aprendi a voar.
sexta-feira, dezembro 22, 2006
Um Segundo Natal
Era uma vez o último minuto do último dia de um certo Outono. No quadragésimo sétimo segundo desse último minuto do último dia de Outono, desprendeu-se inocentemente uma folha da sua árvore mãe. Não houve choros nem tristezas nessa despedida, pois tanto a folhinha como a árvore sabiam que era assim que o mundo funcionava há muitas e muitas luas. A folha partiu e rodopiou num passo de dança que a deveria ter depositado no chão. Soaram então as badaladas do primeiro minuto do primeiro dia de Inverno... E toda a gente sabe que as folhas só podem cair durante o Outono. Assim sendo a nossa folhinha foi impedida de tocar a erva fofa. A Polícia das 4 estações ordenou ao vento que a detivesse numa teia de aranha providencialmente teada num cartaz montado por aquele animal estranho de duas pernas que tinha o estranho hábito de destruir tudo o que amava. A folhinha nem podia acreditar! Como iria ela agora cumprir o seu papel na grande engrenagem universal, se nunca conseguisse saltar para o chão? Mas que grande problema! A folha não tardou em contratar um competente advogado para resolver a situação, mas este disse-lhe logo que seria certamente um processo longo e burocrático. E assim se deixou ficar tristemente a folhinha, à espera que as entidades competentes analisassem o seu caso. Felizmente que neste caso a situação se resolveu naturalmente, não foi preciso esperar pela Primavera, pelo Verão e pelo Outono... onde então sim teriam de deixar a nossa folhinha cair legitamente na altura certa. Dois pares de dias depois da detenção da nossa inocente amiga, chegaram dois daqueles animais estranhos com duas pernas e começaram a desmanchar o cartaz. Parece que o cartaz era alusivo a uma festa chamada Natal, que acabara nessa mesma madrugada. Assim sendo o cartaz já não era necessário e a nossa folhinha pode anichar-se confortavelmente no chão por entre o lixo deitado fora pelos tais animais de duas patas!!!
Um dia quisera eu ser Deus
À noite, ao luar, irei espalhá-los para que a Luz que a lua liberta os toque um a um, tal como o meu mundo é tocado pela Luz do sol e das estrelas.
Cuidarei deles e farei habitar cada grão de areia com uma alma, à minha imagem.
Serei o Deus destes pequenos mundos que hei-de criar e dar Vida.
Eu serei cada grão de areia, eu serei todos aqueles grãos de areia que libertarei um dia. A minha alma estará repartida por todos eles... eu sou eles e eles serão eu próprio.
Eu serei o bem e o mal, a alegria e a tristeza, a paz e a guerra, a Luz e a escuridão, a noite e o dia, a morte e a vida... mas ao ser o seu Deus, serei um Universo de memórias e esperanças vãs, de crenças e descrenças, serei os lamentos das mulheres que pedem alimentos para os seus filhos, a verdade transformada em mentira... a vida que rouba outra vida...
Eu sei que o meu Universo, por quem hei-de repartir a minha alma, que farei existir e que darei parte da minha Vida, se desmoronará.
Um dia estarei mais sózinho que nunca e muito mais pobre...
Porque um dia... um dia quisera eu ser Deus.
quinta-feira, dezembro 21, 2006
Ao Adorador Da Árvore
"Não importa o amanhã, importa hoje estares aqui a partilhar este Tempo.
O teu e o meu mundo estão aqui neste instante. O amanhã não existe para nós, é o agora, o hoje que nos importa.
Nos meus ramos eu seguraria o teu coração como se de um fruto meu se tratasse.
No meu mundo silencioso escuto as estórias que a lua me conta, as mágoas de homens fortes e invencíveis, o canto dos pássaros, o passar das estações, o lamento das florestas em chamas, a morte em nome da verdade...
Acredita que sinto como tu, que me olhas neste instante, nesta noite, neste lugar, neste Tempo e nesta hora...
Se somos iguais na Vida, se partilhamos TUDO, se vivemos aqui e agora... tenho um pedido a fazer-te...
Dá-me um abraço..."
terça-feira, dezembro 19, 2006
Juntos Para Sempre
Por vezes encontramos pessoas que nos marcaram e só nos damos conta de que foram, de algum modo, importantes na nossa vida muito mais tarde, mesmo alguém com quem nunca falámos.
No hospital onde trabalho há cerca de 20 anos que um senhor vivia no hospital. Não habitava o hospital própriamente dito, mas era um "sem abrigo" que tinha como casa aquele lugar.
De manhã bem cedo lá estava ele olhando para quem entrava e saía. Eu reparava nele como se fosse parte do hospital, já lá se encontrava quando para lá fui. Não falava com ninguém, simplesmente olhava para nós... como que esperando algo. No entanto nunca me pediu nada, penso que o mesmo se deve ter passado com mais pessoas que ali trabalhavam... O mais estranho é que pouca gente falava dele, da sua estória, se o conheciam ou não... enfim.... pensava eu, mais um "sem abrigo".
Este senhor há cerca de um ano faleceu, morreu de frio (sim é verdade, parece mentira mas é a verdade) num dos dias mais frios do ano. Foi encontrado morto numas escadas que escolhia para passar a noite. Nunca entrou no hospital para pernoitar, aliás, nunca o vi lá dentro e sim sempre cá fora.
A morte do senhor foi um choque dentro daquela instituição, ele parecia quase como o guardião daquele lugar embora nunca falasse com ninguém. Mas o que mais comoveu na sua morte foi a sua estória. A estória que o ligava àquele lugar e que todos desconhecíamos até que alguém a contou. De repente em todo o lado se falava dele como um herói, nos corredores, no bar, de noite e de dia. Toda a gente perguntava.... "- Já sabem quem morreu?"... não era preciso.... todo o pessoal sabia naquele dia ao entrar que algo não estava bem... algo faltava... mas ninguém sabia dizer o que era...
Quando finalmente a sua estória foi revelada só então muita gente se deu conta do ser humano maravilhoso que habitou aquele lugar, alguns nem queriam ouvir o fim...
O senhor estava naquele lugar desde o dia em que a sua esposa lá entrou. Na altura da entrada da senhora na urgência ele pediu para a beijar. Não tinha tido tempo de o fazer quando a ambulância a foi buscar.
Não tinham filhos mas nutriam um amor um pelo outro fora do vulgar segundo a estória. Ele insistiu, e a sua mulher também, para se verem. Ninguém pareceu ligar, na altura, a isso. Aquele simples pedido fora-lhes negado. A senhora acabou por falecer e nunca mais se falaram. Ele jamais abandonaria o local onde a tinha visto com vida pela última vez. Estranhamente faleceu no dia em que ela, 20 anos antes, falecera também.
Acredito que num determinado Espaço/Tempo ele e a sua esposa estão juntos e finalmente se puderam falar.
Pelo menos eu preciso acreditar nisso.
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Vale o silêncio
Aqui, no fundo do vale do silêncio, talvez reencontre a voz que perdi na ausência daquela única e singular conversa que nunca tivemos.
Ando há tanto tempo para te dizer aquelas palavras que acho que já não me lembro exactamente daquilo que te queria dizer.
Às vezes ecoam-me certas palavras na cabeça, como fantasmas numa casa amaldiçoada... embustes duma intenção mal definida que já não consegue gerar mais do que castelos esvoaçantes sobre um vale onde só já pode mesmo reinar o silêncio.
Se eu gritasse hoje daqui, desde as profundezas deste vale esquecido, seria ouvido em todo o mundo... talvez tu ouvisses o meu grito lá longe, onde a nossa vida decorre sem notícia digna de registo ou sobressalto de maior...
...quem sabe se não o julgarias produto duma alma despedaçada por um amor sem esperança?
Poderias até invejar a intensidade desse amor, lamentar que ninguém nutrisse algo assim por ti...
... e todavia...
domingo, dezembro 17, 2006
O fio do horizonte
Persegui o fio do horizonte desde a minha aldeia natal.
Pisei chão e água.
Subi montanhas, desci vales, contornei desfiladeiros, atravessei rios lagos e lagoas, paguei portagens, pernoitei tanto entre lençóis como sobre montes de feno...
- Toda a busca tem um fim, toda a procura cessa um dia. - Incentivava-me entre dentes nos momentos de desalento.
Sabia o fio do horizonte como uma espada de luz que cortaria minha vida de alto a baixo, da esquerda para direita, de dentro para fora, esquartejando o Mal que há em mim.
Caminhei, corri e deixei-me cair prostado sobre a erva fofa.
Até que um dia cheguei a uma praia de onde não partia nenhum barco, nem havia barqueiro que eu pudesse comprar.
Sentei-me sobre a areia e esperei que a respiração serenasse.
Nisto, as nuvens abriram lá longe e o fio do horizonte entrou-me olhos adentro.
Só então compreendi que o mundo é feito dum material impossível.
sábado, dezembro 16, 2006
Princípio e Fim
quinta-feira, dezembro 14, 2006
O Tempo Certo
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Sonho duma noite de Outono
As razões da Verdade
Penso muitas vezes que preferimos viver sem saber a verdade das coisas e de nós mesmos. Todos dizemos e ensinamos as crianças que não devemos mentir, que mentir é feio e que devemos dizer SEMPRE a verdade. Que grande mentira esta! Levamos a vida com pequenas e grandes mentiras, verdades escondidas e nunca faremos o que nos disseram em crianças. Certamente porque o que nos disseram nunca foi verdade...
Nós fugimos da Verdade, esta é a verdade. Penso mesmo que o que escrevi atrás e o que tentarei escrever adiante, neste texto, me irá incomodar e deixar-me desconfortável, mas talvez seja essa a sensação de dizer a verdade... ou não. A verdade é desconfortável, é catastrófica, coloca-me vulnerável e eu não quero que ninguém saiba que sou vulnerável, carente, etc... e por isso minto.
Provávelmente vou apagar o que escrevi porque, provávelmente disse alguma pequena verdade, e, mesmo essa pequena verdade, custa a dizer.
Há muito tempo li que preferimos ouvir todas as mentiras a uma só verdade...
Será isto verdade?
Porquê isto? Porquê?
Porque razão penso apagar este texto?
A verdade é que eu não me sinto bem por ter colocado este texto.
Nunca saberei, concretamente, as razões de ser tão difícil dizer... a verdade sobre mim, sobre alguém, sobre algo ou mesmo sobre isto tudo que acabei de escrever.
terça-feira, dezembro 12, 2006
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Atrás dos dias vêm dias
Atrás dos dias vêm dias.
Atrás da criança que se balança neste balouço virão outras crianças.
Atrás dos seus risos, outros risos ecoarão pela mata fora.
Outros dias trarão outros homens até este mesmo lugar, para olharem da mesma forma que eu olho.
E a cena será igual, mas eu não serei eu e a criança não será um reflexo da minha meninice mas da meninice de outrém.
Ou talvez a criança seja sempre a mesma... talvez todos tenhamos sido a mesma criança... partilhando sonhos e ilusões... baloiçando-nos de baixo para cima, um olho posto no céu e outro no infinito.
A criança é sempre a mesma, só os dias se sucedem no calendário...
Criança atrás de criança eu vejo o mundo a crescer para lado nenhum... nada é certo, para além da evidência de que atrás dos dias vêm dias.
domingo, dezembro 10, 2006
"Um minuto vale sessenta segundos cheios de Vida"
Nesse poema uma das frases, não sei a razão, detinha uma força de tal modo intensa que quando a lia era tomado por uma coragem, força e impetuosidade fora do comum mesmo em criança.
O poema a determinada altura dizia (estou a citar de memória ): “… se um minuto vale para ti sessenta segundos cheios de vida, apesar das contrariedades duras que te tomem, então valeu a pena o Mundo será teu e tu serás um Homem… “.
Em criança esta frase deixava-me admirado, pensava neste Homem com H grande como um super homem, alguém inatingível. No entanto quase todos os dias, devido a este poema estar pendurado no meu quarto, eu a lia.
Muito mais tarde, não sei precisar quando, ao ler o poema num determinado dia este pareceu-me dirigido a mim próprio, como se uma mensagem me tivesse seguido a vida inteira e só neste preciso momento me fosse desvendado, precisamente naquele dia… li-o, reli-o e fui tomado de uma força interior absolutamente fantástica…
Depois disso, já adulto, sempre que necessitava de alguma ajuda ou força para situações em que eu me considerava menos pronto para enfrentar, bastava ler o poema e sabia que nada me poderia abater, porque um minuto valia para mim sessenta segundos cheios de vida e era esse o segredo para que o Mundo fosse meu. Fechava a porta de casa, descia a escada e ao abrir a porta da rua o mundo tinha um brilho diferente…. Lindíssimo!Um Tempo de sessenta segundos cheios de vida, venha o que vier, é a chave, porque não há nada que nos possa deter… e o Mundo será nosso… acreditem.
Uma plataforma para sonhar
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