Estavamos de regresso, em silêncio percorremos os imensos bosques que circundavam a torre.
Uma batalha, desta vez maior, muito maior do que aquela que alguma vez tinhamos presenciado, fora de novo ganha, mas não sem a perda do nosso guia, do mais antigo companheiro daquele grupo.
A derradeira oportunidade parecia estar agora nas mãos de uma Humanidade que se dizia dona de falsas verdades, ávida de enganos, falsas promessas e falsos profetas, em que tudo era possível, mas onde os sonhos dos Homens eram aprisionados e julgados até a alma lhes ser roubada... vegetando num qualquer limbo, entre uma falsa realidade e uma irrealidade verdadeira que lhes era negada à exaustão.
Todos sabiam, daqui para a frente, que mais árdua seria a luta... mas todos também sabiam que o Caminho certo era este, o velho Mago assim o dissera, mas nada nos tinha preparado para esta solidão, este vazio imenso...
Foi então, que vendo o desânimo dos companheiros, Nataniel se dirigiu a nós.
- Lembram-se da noite em que ouvimos passos? Pois então... não estamos sós... connosco existem muitos mais, a grande batalha será ganha, aguardemos por mais irmãos de luta, a Luz os encaminhará até ao nosso grupo, ao nosso Caminho...
- A nossa Torre está à vista... sabem o que temos de fazer... amanhã descansamos... mas esta é uma longa noite...
Os seus olhos brilharam na noite com o luar...
2 comentários:
um epilogo com o sabor do entusiasmo de algo que se anuncia...
abraço
Um texto que me toca profundamente.
Passo a citar:
" não estamos sós... connosco existem muitos mais, a grande batalha será ganha, aguardemos por mais irmãos de luta, a Luz os encaminhará até ao nosso grupo, ao nosso Caminho..."
Assim seja!!
Abraço imenso
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