"Quando começamos a amar alguém, ficamos tão egocentricamente cegos pela nossa própria dor, que não vemos o sofrimento que, eventualmente, possamos causar no desespero em que nos movemos em direcção ao objecto do nosso amor." O Construtor falava com os olhos fixos na casa onde sonhara ver crescer o seu amor, os seus filhos e até os seus netos. "Esta casa nunca será terminada... fica como o monumento a um amor imperfeitamente completo, uma homenagem a quem me partiu o coração por eu lhe ter partido o seu antes." O Contabilista esboçou um gesto de protesto, mas ao ver a forma como os olhos do Construtor se afogavam em lágrimas, calou as preocupações da sua aritmética e refez alguns cálculos. Assim como assim, o Construtor não ficaria tão pobre de dinheiro como o era agora pobre de afectos. O Contabilista colocou a mão sobre o ombro do Construtor e começaram ambos a descer o monte em direcção à cidade.
Nem tudo começa aqui e nem tudo acaba aqui
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domingo, dezembro 28, 2008
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1 comentário:
Belíssimo texto... absolutamente belo!
Um grande abraço!
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