E chegara ao lugar onde o mundo, tal como o conhecia, se quebrava e fundia com as mil e uma outras dimensões que se estendiam pelo continuum espácio-temporal... Olhou em volta a praça vazia. Não se via vivalma, o que era estranho, tendo em conta que esta era a noite da passagem de ano. Seria de esperar encontrar o local a abarrotar de convivas celebrando a honrosa morte do ano velho e festejando o nascimento do novo ano... Onde estariam todos? Teriam partido para uma das outras dimensões? Ou teria ele dado o salto sem se aperceber, calcorreando já um mundo como o mundo jamais vira? Então ouviu o sibilar dum foguete subindo aos céus. A sua explosão anunciava o minuto zero do ano que chegava. O fogo de artíficio encheu de colorido os céus, e, sem entender como, encontrou-se no meio da multidão que saltava, se abraçava e beijava, dando as boas vindas a 2009. Sorriu. Já não estava cá, mas também ainda não estava lá. Percebeu que tinha de partir, cortar o cordão e seguir. Murmurou meia dúzia de palavras que morreram no bruá da imensa massa humana, deixando atrás de si apenas um espaço vazio no meio dos homens, mulheres e crianças que iriam fazer da noite madrugada e da madrugada dia.
Nem tudo começa aqui e nem tudo acaba aqui
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quarta-feira, dezembro 31, 2008
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1 comentário:
Absolutamente extraordinário este teu texto..... um grande abraço e um Fantástico ano 2009 para ti!
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