Nem tudo começa aqui e nem tudo acaba aqui

Uma viagem conduzida por:

domingo, dezembro 25, 2011

O Apelo Do Firmamento



" Hoje não sei como escrever, nem a quem escrever... no entanto, algo me diz para o fazer...
Por várias vezes me recordo de em criança estar em casa dos meus avós e de escutar as histórias que, em especial, o meu avô me contava... sem o saber, ele era bem especial para mim... que sensação de segurança nos dava sempre que nos ia visitar ou, de cada vez que aparecia...
Sei lá se ele me lê neste momento, mas se ler, dirá que saí a ele, ele escrevia também, secretamente, poemas...
Talvez  um dia em consiga ler no Tempo...
Talvez um dia as minhas palavras ganhem Vida e faça voltar o Tempo atrás...
Queria tanto abraçar-te, hoje e agora avô... "


terça-feira, dezembro 13, 2011

Tempo Sem Tempo



"Um vazio imenso transbordava naquela noite,
Quem lhe diria que a solidão, um dia, seria a sua companheira?
Hoje, mais que nunca, adoraria que a sua casa fosse desarrumada...
Que mãos pequenas e frenéticas sujassem as paredes...
Precisava ouvir e escutar os gritos de crianças a brincar...
Mas...
... já ninguém esperava por si...
...já não havia pressa...
...de viver...
...ou ser...
...as amarras foram libertas...
De recordações e saudade era o seu mundo feito..."

terça-feira, dezembro 06, 2011

Tudo no seu lugar

Está tudo no seu devido lugar, como sempre esteve, como sempre deveria estar.
As coisas mudam, confundindo-nos a memória.
Sei que havia uma árvore.
Sei que foi debaixo duma árvore.
Sei que era algures por aqui.
Será este tronco cortado, vestindo uma pele de musgo, tudo o que sobra dessa árvore?
Pobre marco geodésico do prazer e da dor, o que foi que te aconteceu?
Caíste por ti, derrubou-te o vento, foste serrada por algum lenhador?
Embora já só sobre um coto desta árvore, embrulhado em musgo, ela está onde sempre deveria estar.
Foi aqui?
Foi mais para ali?
Foi onde tinha de ser.

Sonho em Azul



" Quando despertaste do sonho, naquela noite... estavas tão certo...
Deverias seguir a tua alma...
Longos são os dias, longas são as noites... mas a alma não esquece...
Aprisionada a ti, seguir-te-á para sempre...
Que inquietações te atormentam quando nada há para te atormentar?
Que sinais buscas no teu passado, no teu futuro?
Aquele lugar é o teu guia, mais do que julgas ou pensas...
Conta-me a tua história que ficou por contar...
Não fales ou sequer digas nada... ou diz-me tudo...
No imenso azul índigo daquela gruta, o Tempo éramos todos nós...
E... escutei o poema que há muito me escreveste...
Mas confesso-te... tenho saudades da tua voz... "

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