Nem tudo começa aqui e nem tudo acaba aqui

Uma viagem conduzida por:

domingo, abril 26, 2020

Cântico ao Universo



" Todos juntos, pela primeira vez, desde que se perderam na tempestade, olharam atentamente o velho companheiro que aparentava uma serenidade inquietante apesar de tudo à sua volta parecer destruído e delapidado, inclusive a nossa mente. Era a ele que desejavam, mais que tudo, saber o que sucedera, pois não houve Tempo para perguntar nada a ninguém, algo surgiu com uma força avassaladora e temível, ninguém, dos presentes, julgou estar ali. Mas todos sobreviveram e o velho homem também, contra todas as expectativas...
Todos nós tínhamos imensas perguntas para lhe fazer mas a falta de energia e desespero que nos assolava a alma fazia com que nos mantivéssemos calados embora aquele velho homem, sabe-se lá o porquê, fosse a nossa tábua de salvação, a Esperança... e o nosso suporte (sim era isso que sentíamos).
- Que aconteceu? - Perguntou um de nós ao velho companheiro. Nós mais novos e desesperados com um angustiante aperto no peito... avidamente ansiávamos por respostas...
Olhando o céu tranquilamente... disse:
 - Nada do que vemos nos pertence, não somos nada sem o Todo... e este «Todo» inclui a Terra... e será a Terra que permitirá vivermos nela ou não... infelizmente vivemos ao contrário, julgamos ser os donos da Terra, julgamos ser senhores do poder, do Conhecimento e esquecemos de viver, de olhar... reparem que nada do que existe precisa de nós, a Viagem da Vida continuará sem nós se não acompanharmos as leis do Universo, leis essas que regem a nossa existência... esquecemos tanto... respeitamos tão pouco... arrancamos uma erva como se fosse daninha e quem o faz julga-se o senhor da Vida... pois bem desta vez foi a vez da Vida na Terra de nos dar um aviso... «não brinquem aos deuses porque de deuses e imortais não têm nada... espreitem para lá do muro construído por vocês mesmos que vos cega e paralisa... sejam livres... vivam a Vida, olhem o Mar cujas ondas a todo o minuto vos pede que escutem o cântico ao Universo e Criação... olhem os lírios do campo, como alguém uma vez disse... porque... nada vos pertence e sim porque vocês fazem parte». "

sexta-feira, janeiro 31, 2020

A Brevidade da Vida...



" Um cântico antigo se ouve nas florestas e sómente os pássaros o sabem escutar...

São as árvores as guardiãs das melodias do Cosmos...

Sobrevivem além  da razão... sobrevivem além do voo de um melro...

Por isso te digo... são nas melodias dos poemas, escritos lado a lado, por ti e por mim...

Que habita a Brevidade da Vida,

E eu, tu e quem sabe se mais alguém, precisamos do néctar,

Que na cidade branca um dia um  pássaro  bebeu... "




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