Nem tudo começa aqui e nem tudo acaba aqui

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sexta-feira, outubro 10, 2008

Marítima sonolência


Longe de tudo, mais perto de mim.

Ainda assim, é difícil quebrar o transe do murmúrio do mar.

A hora é duma vaga e incerta melancolia... as vagas são elas próprias descompassadamente melancólicas e incertas.

Olhando a vila lá longe, onde a vida acontece, com os seus risos e atractivas luzes, não podia sentir-me menos grato pelo ermo e desamparado lugar onde me encontro.

Será que alguém sentiu a minha falta neste fim de tarde, princípio de noite?

Resta-me a solitária consolação de que pelo menos a fria maresia não se esquece de mim...

1 comentário:

Passageiro do Tempo disse...

Um texto belíssimo... e todos nos lembramos de alguém... e ao mesmo Tempo... não lembramos... assim como sabemos que temos um corpo, uma mente... e que faz parte de nós...
Um grande abraço!

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