
Nunca entendi se se tratou dum momento de sonho ou o sonho dum momento... Quem fora fisgado? O peixe pela cana do pescador lá longe, ou eu próprio pelo isco do Tempo? Pareceu-me ouvir o barulho dum anel a mergulhar no mar no preciso instante em que tudo se incendiou na volúpia do entardecer e um mergulhador do outro lado do mundo descobriu a relíquia a brilhar por entre as cores do coral. Acredito que passe as próximas horas a tentar limpar o precioso achado. Um anel é apenas um anel, mas um mistério nunca será apenas um mistério. Imagino-o a abrir a boca de espanto ao observá-lo atentamente contra o céu. Talvez tivesse o teu nome inscrito do lado de dentro... mas que sei eu? Eu sou apenas o veículo do Tempo.
3 comentários:
muito bom esse texto...continue o bom trabalho =)
Esse anel é naufrago de memórias. Um testemunho do tempo e de vida...
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http://escritoemlaranja.blogspot.com
Nunca ninguém sabe o que está escrito no outro lado do Tempo... ou somos nós que não o queremos saber... ou o Tempo esconde isso de nós...
Belo texto!
Um grande abraço!
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