
Foi bom estar aqui um dia ...ainda assim, não sei se será correcto dar esta morada como sinónimo da felicidade.
As memórias vivem da traição da saudade ...mas a verdade é que me sinto bem aqui.
Sei que é bom voltar aqui, como se regressado a um dos locais sagrados do meu Ser.
Porque será que nunca te reencontrei em nenhuma das minhas romarias?
Em que tempo viverás tu agora?
Pode ser que vivas hoje num futuro recheado de brilho e luminosidade, zombando do meu apego a um negro e escuro passado...
Talvez nem sequer tenhas sido tu a roubar-me o presente ...talvez tenha sido eu a esquecê-lo num banco de jardim ou quem sabe se não me caíu da carteira numa travessa esquecida da cidade interior.
De cada vez que levanto os olhos tudo o que alcanço é que o deserto é uma miragem que vejo a partir do oásis do meu comodismo.
2 comentários:
Espantosa a maneira como escreveste este belíssimo texto... absolutamente espantoso!
Vou relê-lo!
Grande abraço!
Sem Palavras!!
A maneira como escreves, me lembra o grande David Mourão-Ferreira.
Fantástico!!!
Abraço de alma.
Sissi
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